Parar de Fumar – Tratamentos Naturais
A Organização Mundial de Saúde considera o tabagismo uma doença aditiva crónica, na qual intervêm factores fisiológicos, psicológicos e sociais. Não é, pois, de estranhar que, segundo a Sociedade Portuguesa de Tabacologia, entre os fumadores dependentes da nicotina que já pensaram abandonar este vício, apenas 5% consigam fazê-lo.
Algumas pessoas param de fumar sem grande dificuldade, nunca desenvolvendo sintomas de dependência. Porém, parar de fumar não é uma tarefa fácil para a maioria dos fumadores.
O fumador dependente terá de lidar com os sintomas de privação que a ausência do tabaco provoca. Como se não bastasse, terá ainda de aprender a lidar com o desejo de fumar desencadeado por múltiplos contextos ou situações sociais do dia-a-dia.
A maioria das pessoas que fumam está bem ciente do que sente quando está mais tempo que o habitual sem fumar. A nicotina, a principal substância indutora de dependência existente nos cigarros, afecta diversas órgãos e sistemas, em particular os receptores cerebrais associados ao sistema de recompensa. Quando se para de fumar, o cérebro e todo o organismo do fumador tem de se ajustar à ausência de nicotina.
Os sintomas de abstinência são sinais de que o corpo se está a adaptar à falta do tabaco. Essa fase de adaptação à ausência do tabaco pode ser desagradável e difícil de suportar sem apoio. Nesta fase, muitos fumadores a tentar parar de fumar recaem.
SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA
- Sentimento de tristeza
- Insónia
- Irritabilidade
- Dificuldade de concentração, inquietação, nervosismo
- Diminuição da frequência cardíaca
- Sensação de fome
- Desejo de fumar
Para a maioria das pessoas, os piores sintomas duram apenas alguns dias ou algumas semanas, mas o desejo de um cigarro pode durar mais tempo. Este desejo é desencadeado por estímulos como a lembrança do tabaco, o ver embalagens de tabaco ou pessoas a fumar.
Apenas 3% a 5% dos fumadores que param sem ajudam continuam sem fumar passado um ano após terem parado.
Como Parar de Fumar
As conclusões a que os investigadores chegaram é que aqueles que deixaram de fumar de forma abrupta — literalmente da noite para o dia — tiveram melhores resultados do que aqueles que reduziram gradualmente até pararem completamente de fumar.
Substitutos de nicotina
São fármacos que libertam nicotina através da pele ou das mucosas bucais. Administram-se em forma de adesivos transdérmicos, pastilhas elásticas ou rebuçados para chupar. O tratamento dura cerca de três meses. Estes substitutos de nicotina fornecem ao organismo a dose de nicotina suficiente para o acalmar, mas sem criar dependência.
A quantidade de nicotina, menor do que a do cigarro, e a sua forma de libertação, mais lenta a chegar ao cérebro, faz com que a pessoa não sinta prazer (subjacente ao vício). Só evita a síndrome de abstinência.
Deve, no entanto, deixar de fumar desde o primeiro dia de tratamento, caso contrário estará a aumentar o aporte diário de nicotina. Os mais ansiosos devem escolher as pastilhas. Este método funcionará consigo se estiver motivado e quiser realmente deixar de fumar definitivamente. Tem uma dependência leve a moderada da nicotina.
Estes substitutos estão à venda nas farmácias (não é necessária prescrição médica) e custam um valor aproximado ao que o fumador gasta em média por tabaco.
Terapias Medicamentosas
Os medicamentos para parar de fumar podem aliviar sintomas de abstinência e reduzir a ansiedade, sendo mais eficaz quando monitorizados pelo seu médico.
Tem dois tipos de medicamentos distintos: medicamento de reposição de nicotina e os que não têm nicotina.
Tal como o próprio nome indica, os medicamentos de reposição de nicotina envolvem substitutos de nicotina como a goma ou adesivo. Estes são aplicados em pequenas doses no corpo, de forma a aliviar os sintomas de abstinência sem alcatrões e gases tóxicos.
Os medicamentos de reposição de nicotina ajudam-no a concentrar a sua dependência psicológica e a aprender novos comportamentos.
Por outro lado, os medicamento que não têm nicotina, ajudam-no a reduzir os desejos e os sintomas de abstinência, sendo destinados a utilizar em curto prazo.
OUTROS TRATAMENTOS
Há várias coisas que o ajudam a deixar de fumar e que não têm que necessariamente envolver medicamentos. Questione ao seu médico algumas dessas possibilidades, mas vou aqui indicar-lhe já algumas:
Hipnose: esta é uma opção muito popular e que tem produzido excelentes resultados, que consiste no relaxamento profundo, no qual estará aberto a sugestões que fortaleçam a sua vontade de parar de fumar e a diminuir os seus sentimentos determinantes pelos quais continua a fumar.
Acupunctura: este método é dos mais antigos e é usado para desencadear a libertação de endorfinas que permitem o seu corpo relaxar, ajudando-o a parar de fumar.
Após 20 minutos – A pressão arterial e a frequência cardíaca voltam ao normal.
Após 12 horas – Os níveis de monóxido carbono no sangue voltam ao normal.
Após 2 semanas a 3 meses – Começa a respirar melhor e a sentir mais energia. A circulação sanguínea melhora. O risco de enfarte do miocárdio diminui.
O olfacto e o paladar melhoram. Os doentes diabéticos passam a controlar melhor a sua doença.
Após 1 a 9 meses – Sente um aumento gradual do bem-estar geral, acompanhado de mais vitalidade. A tosse e a falta de ar diminuem e a respiração torna-se mais fácil.
Após 1 ano – O risco de ataque cardíaco diminui para cerca de metade do observado nas pessoas que continuam a fumar.
Após 2 a 5 anos – O risco de acidente vascular cerebral diminui, ficando semelhante ao das pessoas que não fumam.
O risco de cancro da boca, da garganta, do esófago e da bexiga reduz-se para metade, decorridos 5 anos.
Após 10 anos – Corre 50% menos risco de ter um cancro do pulmão do que as pessoas que continuam a fumar. O risco de cancro do pâncreas e do rim diminuem.
Após 15 anos – O risco de doença coronária é semelhante ao de uma pessoa não fumadora, do seu sexo e idade.
Alimentos que ajudam a parar de fumar
Aveia – Ajuda a diminuir a vontade de fumar.
Laranja – Actua como desintoxicante, e o aroma ajuda a afastar a mente da nicotina.
Espinafre, arroz integral e massas – O ácido fólico ajuda o organismo a lutar contra os efeitos nocivos e pró-cancerígenos do cigarro.
Tomate – O licopeno é antioxidante e anti-inflamatório, e o tomate ajuda a substituir a nicotina sem os efeitos secundários (sabia que o tomate
e a planta do tabaco pertencem à mesma família?)
Banana – Tem vitamina B6, triptofano e potássio: o stresse reduz drasticamente os níveis de potássio e a banana ajuda a repô-los.
Frutos secos, carne de peru, vegetais – São ricos em triptofano e vão ter um efeito calmante.
Peixe, fígado e cogumelos – O selénio ajuda na absorção da vitamina E
Truques que salvam
Se além da vontade de fumar também tem vontade de comer, alguns truques podem ajudar:
– Tenha à mão pequenos lanches pouco calóricos a que possa recorrer, como cenouras cruas para mastigar, pastilha elástica sem açúcar, iogurte magro,frutos secos sem sal. Esqueça as bolachas, mesmo as de água e sal, que têm muita gordura.
– Não entre em dietas muito restritivas, que só vão aumentar o stress de deixar de fumar.
– Preencha o dia com actividades que a afastem da comida: vá ao cinema, visite um museu, dê um passeio, telefone a um amigo, escreva um romance.
– Encontre um tipo de exercício de que gosta – e pratique-o. Além de queimar calorias e aumentar o metabolismo, o exercício é um poderoso antidepressivo.
Parar de fumar é a melhor decisão que uma pessoa fumadora pode tomar para melhorar a sua saúde e a saúde dos que o rodeiam.
Porque espera para deixar de fumar? Sabia que o tabaco é responsável por mais de 5 milhões de mortes todos os anos? Sabemos que, provavelmente, mais do que um vício, o cigarro dá-lhe prazer mas não queira fazer parte das estatísticas.
Comece hoje o traçar o seu plano para deixar de fumar. Se não sabe como, experimente as nossas dicas e seja mais saudável e feliz.
Terapias da Mente
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