Gastrite – Sintomas, causas, diagnóstico e tratamento
A gastrite caracteriza-se por uma inflamação no revestimento do estômago, que por vezes poderá originar sintomas como o desconforto abdominal, dor de estômago e indigestão.
A gastrite é diagnosticada através do exame chamado endoscopia em que é introduzido um tubo flexível pela boca do paciente, o médico através de micro câmaras que estão estrategicamente situadas nas extremidades do aparelho, captam imagens da parte interna do estômago possibilitando uma visão ampla e clara de tudo que ocorre dentro de estômago.
É a partir dessas imagens que o médico diagnostica.
A gastrite, tal como a úlcera, é uma doença péptica (digestiva), sendo que ambas são inflamações do revestimento mucoso do estômago. O estômago tem funções fundamentais no nosso organismo: servir de reservatório de alimentos e ser uma primeira fase na digestão dos alimentos.
É aqui que os alimentos sofrem uma fragmentação em pequenas partículas, para depois serem absorvidos no intestino.
Existem dois tipos: a gastrite aguda e a gastrite crónica
Gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada, por serem de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente:
Medicamentos, infecções e stress físico ou psíquico podem levar a uma gastrite aguda.
Em relação à gastrite crónica, também, existe muita confusão, principalmente no que se refere aos sintomas e à relação com os agentes causadores.
Sabe-se que a bactéria H. pylori pode determinar uma gastrite crónica. Esta bactéria vive muito bem em ambientes ácidos, como é o caso do estômago.
No entanto, o Helicobacter pylori leva à destruição da barreira protectora que reveste a mucosa do estômago, permitindo que o ácido gástrico agrida a própria mucosa gástrica, o que leva à inflamação da mesma, caracterizando a gastrite.
Os principais sintomas da gastrite incluem:
- Dor no estômago ou na área abdominal com sensação de pontadas ou agulhadas
- Azia
- Dificuldade de digestão
- Perda do apetite
- Enjoo e vómito
- Gases frequentes e arrotos
- Saciedade antes mesmo de terminar a refeição
Entre os sintomas estão incluídos a perda de apetite e de peso, náuseas e vómitos, arrotos e flatulência e/ou uma sensação de inchaço mesmo depois de ter comido pouco.
Como se faz o diagnóstico?
O médico suspeita de gastrite quando o paciente relata a presença dos sintomas listados anteriormente. O médico investiga os hábitos alimentares do paciente, uso de medicamentos, consumo de bebidas alcoólicas, se o paciente tem outras doenças já diagnosticadas. A partir daí, exames complementares podem ou não ser realizados.
Importante ressalvar que o diagnóstico de gastrite só pode ser confirmado pela endoscopia digestiva alta, quando o médico visualiza a mucosa gástrica lesada e colhe fragmentos (biópsia) para exame citológico. Caso não seja realizada a endoscopia, o diagnóstico mais correto é o que chamamos de Dispepsia, que pode ser funcional ou não.
Se a causa da gastrite for evidente já na história, como por exemplo, o uso de antiinflamatórios, o médico já indica o tratamento adequado. No caso do H. pylori, a identificação da infecção pode ser feita no material obtido pela biópsia, à endoscopia, através de um teste respiratório ou exame de sangue.
Se o paciente for portador dessa bactéria, o médico decidirá sobre a erradicação ou não da infecção, com base no quadro clínico do paciente.
Para lá dos tratamentos, existem algumas medidas simples que podem ajudar a aliviar os sintomas e a prevenir o seu aparecimento.
Por exemplo, é muito útil comer várias vezes por dia, em pequenas quantidades, de modo a facilitar todo o processo de digestão que ocorre no estômago, sem o sobrecarregar.
A gastrite é geralmente uma inflamação dolorosa da parte interna do estômago e está aliada a muitas causas. Muitas pessoas tratam os sintomas com inúmeros remédios para azia, porém os causadores podem ser desde o excesso de ingestão de álcool a infecções bacterianas graves.
O uso abusivo de álcool e de anti-inflamatórios não esteróides, como aspirinas ou ibuprofeno, pode afectar o revestimento interno do estômago.
A quantidade de bile pode aumentar em pacientes portadores de doenças auto-imunes ou em tecidos conjuntivos.
Pessoas que sofrem de gastrite com alguma frequência devem aprender como tratá-la e saber quando procurar aconselhamento médico profissional
O tratamento para gastrite nervosa baseia-se em diminuir a produção exagerada de ácido no estômago, para que a mucosa possa regenerar-se. Para isso, é importante:
Saber controlar as emoções e aprender a lidar com situações de stress, pois o risco de desencadear uma crise de gastrite aumenta sempre que o indivíduo fica emocionalmente abalado. Muitas vezes, associar terapia psicológica ao tratamento medicamentoso ajuda a diminuir o tempo em que a crise se manifesta e ajuda a curar a doença.
Para aliviar a dor no estômago o que se pode fazer é recorrer a anti-ácidos naturais, como o sumo puro da batata crua.
Seguir uma alimentação adequada para gastrite, restringindo o consumo de bebidas alcoólicas, refrigerantes, frutas ácidas, alimentos gordurosos e alimentos condimentados.
Os produtos derivados do leite podem aumentar a produção de ácido no estômago, por isso recomenda-se evitá-los enquanto durar a gastrite.
Beba em jejum um copo de água morna com duas colheres de sopa de mel.
Comer frutas frescas é um remédio natural contra a gastrite muito importante para as pessoas que sofrem de gastrite.
As mais saudáveis e melhores são mamão e abacaxi, mas também gengibre, água de coco e chá de alcaçuz. Beba pelo menos 8 copos de água por dia para estar bem hidratado.
A hortelã, o alecrim, a camomila, a espinheira santa irão actuar como protectores gástricos e aliviarão a dor também.
Alimentos que não deve comer:
- Café, chá preto, chocolate
- Bebidas alcoólicas e refrigerantes
- Frutas ácidas, como laranja, abacaxi, limão, morango, tangerina ou kiwi
- Fritos
- Temperos, molhos e condimentos ácidos ou picantes
- Produtos ricos em corantes e conservantes (como sumos ou salgados)
- Lacticínios
- Alimentos açucarados e doces (como bolos ou biscoitos)
- Enchidos e charcutaria
- Alho e/ou cebola
Prevenção
Neste momento, só se consegue tratar a infecção já adquirida.
Quando a causa não é a infecção provocada pela bactéria Helicobacter pylori, é possível eliminar algumas das outras causas, seguindo uma alimentação saudável, consumindo bebidas alcoólicas apenas de forma moderada, tomar medicamentos exclusivamente sob prescrição médica e deixando de fumar.
ALGUNS CONSELHOS:
- Comer em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, evitando ficar sem alimentação por mais de 3 horas seguidas.
- Alimentar-se com calma, mastigando bem os alimentos, o que facilita o esvaziamento gástrico e a digestão.
- Evitar os famosos “fast-foods”.
- Consumir bebidas alcoólicas com moderação, se possível evitar o consumo.
- Não há motivo para restrição dietética, mas se possível devem-se evitar ou reduzir a ingestão de alimentos muito gordurosos, fritos, doces concentrados, comidas muito condimentadas. Preferir refeições mais leves, de mais fácil digestão.
- O consumo de café e outras bebidas que contém cafeína não é contra-indicado se o paciente tolera bem essas bebidas, no entanto, são bebidas frequentemente associadas aos sintomas.
- Outra questão importante é o cuidado com a higiene pessoal e dos alimentos, para reduzir a transmissão de agentes infecciosos.
Se não for tratada, pode levar a úlceras no estômago e sangramento. Algumas formas de gastrite crónica podem aumentar o risco de cancro no estômago, especialmente se tiver um revestimento interno fino no estômago e alterações nas células da mucosa gástrica.
Fale com o seu médico se os sinais e sintomas não melhorarem apesar do tratamento.