Alimentos que ajudam a prevenir a demência tipo Alzheimer
O Alzheimer é o tipo mais comum de demência, com uma deterioração global, irreversível e progressiva de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, raciocínio, linguagem, entre outras).
Esta deterioração conduz a alterações do comportamento, da personalidade e da capacidade funcional, dificultando a realização das actividades diárias.
Portugal é o 4º país da OCDE com mais casos de demência, segundo um relatório divulgado em Junho deste ano, ficando atrás apenas da Alemanha, da Itália e do Japão.
O mesmo relatório dá conta de a resposta de que Portugal a estes resultados é muito deficitária, uma vez que há falta de especialistas que sigam os doentes e de programas de detecção da doença.
E o cenário tende a piorar, com a previsão de que, em 2037, o País suba para a 3ª posição de mais doentes com demência.
Os sintomas podem ser muito subtis nas fases iniciais do Alzheimer, acabando por se agravar à medida que as células cerebrais vão morrendo.
No entanto, o Alzheimer costuma dar os primeiros sinais através de lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objectos do quotidiano.
Vários estudos científicos comprovaram que a alimentação tem um peso significativo no que toca à probabilidade de desenvolver doença de Alzheimer, uma patologia neurodegenerativa, que provoca perdas de memória, alterações no comportamento e personalidade, diminuição da capacidade funcional, entre outros sintomas.
A demência, ligada a enfermidades como o Alzheimer, só aparece a partir dos 60 aos, embora também possa ocorrer em idades menos avançadas, com sintomas iniciais como perda de memória de curto prazo, de atenção, de concentração, assim como problemas para realizar certos movimentos ou reconhecer caras e objectos.
O aumento da esperança de vida a nível mundial eleva potencialmente os casos de demência em virtude desta doença estar ligada à idade, não sendo este problema exclusivo dos países desenvolvidos, com populações mais envelhecidas
De um modo geral, os doentes com Alzheimer apresentam deficiências em vários nutrientes, incluindo selénio, fibra, ferro e vitaminas do complexo B, C, K e E.
Ao mesmo tempo, diferentes tipos de estudos epidemiológicos têm permitido obter informação sobre os efeitos positivos dos ácidos gordos ómega 3 e micronutrientes como as vitaminas do complexo B, vitaminas E, C e D.
Alimentos que ajudam a prevenir a demência tipo Alzheimer
CHÁ, CAFÉ E CHOCOLATE
A cafeína, quando consumida regularmente, tem efeitos benéficos contra algumas perturbações neurológicas, entre as quais a demência tipo Alzheimer.
Neste sentido, alimentos como o café e o chá, graças ao teor de cafeína, são um estimulante psicoativo que resulta num maior estado de alerta e melhor desempenho cognitivo.
VINHO TINTO
Nos últimos dez anos uma série de estudos tem relatado uma redução significativa dos riscos de qualquer declínio cognitivo, demência ou doença de Alzheimer em pessoas que consomem quantidades moderadas de álcool, principalmente o vinho tinto, em comparação àqueles que não bebem.
CITRINOS (laranja, tangerina, clementina e limão)
Estes frutos protegem os neurónios do stress oxidativo provocado por radicais livres, substâncias que produzimos naturalmente, mas que também são introduzidos no organismo através de fontes externas como exposição ao sol, a poluição, o stress, a ingestão de bebidas alcoólicas, de alimentos insalubres e de tabaco.
OLEAGINOSAS
Nozes, amêndoas e castanhas estão na lista de alimentos que previnem a demência. As oleaginosas têm alta concentração de gorduras boas, que beneficiam a saúde cardiovascular e também o cérebro.
PEIXES GORDOS
Este tipo de peixes – como o salmão, cavala ou sardinhas – ajuda a retardar o deterioramento cognitivo. Os ácidos gordos são essenciais para o bom funcionamento celular. O ómega 3, ajuda a proteger o cérebro ao travar os danos cerebrais causados pelo stress oxidativo.
Os lípidos são uma componente importante do cérebro e constituem mais de 60% do sue peso. Ainda que os peixes gordos sejam uma das melhores fontes naturais deste tipo de gordura, não são a única. Alguns frutos secos como nozes ou amêndoas, são outra alternativa a ter em conta na sua dieta.
FRUTOS VERMELHOS
Pesquisas indicam que framboesa, morango, mirtilo e amora têm uma enorme afinidade com o cérebro. Estas frutas são fontes de antocianinas, substâncias naturais que conferem a cor roxa, azul e vermelha a alguns alimentos e possuem acção antioxidante.
O ideal é consumir duas porções destas frutas por semana.
Um em cada três casos de demência podem ser prevenidos através de estilos de vida saudáveis,
nomeadamente através da actividade física regular e de hábitos alimentares saudáveis.
A idade e os genes são os grandes factores de risco para a demência mas o seu estilo de vida pode fazer a diferença na prevenção da doença.
A ingestão de alimentos e de suplementos nutricionais ricos em zinco, em magnésio, em ácido fólico e em vitaminas B6 e B12 são aliados do cérebro.
Existem, no entanto, outros comportamentos preventivos que pode adoptar.
Prevenir a demência tipo Alzheimer
APESAR DE NÃO TER CURA, PODE ADOPTAR ALGUNS HÁBITOS QUE O VÃO AJUDAR A PROTEGER-SE CONTRA A DOENÇA
1. Mantenha o cérebro activo
Faça jogos de raciocínio, leia, escreva, participe em actividades culturais, cozinhe novos pratos, converse e mantenha o contacto com outras pessoas. Vários estudos científicos internacionais comprovaram que este tipo de actividades desempenha um forte papel preventivo.
2. Aposte nos antioxidantes e no ácido folico
Ingira ameixas, uvas, quivis, abacates, espinafres, brócolos, cebolas, milho, chá verde, cereais integrais, grão, feijão, lentilhas, morango e banana. Frutas, vegetais, legumes e hortaliças, ricos em vitaminas e minerais essenciais, que melhoram a capacidade cognitiva.
3. Seja selectivo no que consome
Prefira azeite, óleo de girassol, azeitonas, nozes, sementes, soja, margarina e peixes ricos em ácidos gordos ómega-3, como é o caso do salmão, da cavala, do atum e da sardinha. Segundo muitos especialistas, a ingestão destes alimentos favorece o funcionamento do cérebro.
4. Evite as gorduras
Evite ingerir gorduras saturadas e alimentos refinados e/ou produzidos industrialmente, como é o caso dos fritos, dos doces, dos bolos e das bolachas. Limite também a ingestão de hidratos de carbono no seu dia a dia.
5. Pratique exercício físico
Opte por modalidades que estimulem o fluxo sanguíneo para o cérebro e execute-as pelo menos durante meia hora por dia. Nadar, passear e correr são boas opções. Se preferir, faça outra actividade que aumente o batimento cardíaco, não exagerando no esforço se não estiver habituado à pratica regular de exercício físico.
6. Tenha uma vida social activa
Fazer voluntariado ou sair para tomar um café regularmente são actividades vão mantê-lo activo socialmente, o que é essencial na luta contra a demência.
Várias pesquisas têm demonstrado que as pessoas que se mantêm activas socialmente até uma idade avançada têm melhores funções cognitivas e menor risco de declínio cognitivo.
7. Elimine maus hábitos
Não fume, não consuma bebidas alcoólicas em grandes quantidades nem beba mais do que um café por dia. Procure manter o stress sob controlo e durma, pelo menos, oito horas por dia.
Sono
Dormir menos que o necessário ou mal causa impacto no desempenho intelectual, na memória e na concentração.
Um adulto, em média, precisa de sete a oito horas de sono por dia.
Mas, dependendo da pessoa, o período pode ser maior ou menor. Para uma melhor qualidade do sono, transforme o quarto num ambiente aconchegante, não o utilize como escritório e evite ingerir álcool ou cafeína à noite.
Quanto mais exercitar o intelecto, melhor, para manter o seu cérebro activo.
Quando pouco utilizado este órgão tem a sua agilidade reduzida. Estude, leia, use a criatividade e mantenha-se activo.
Fazer uso de jogos e palavras-cruzadas também ajuda.
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